quarta-feira, 27 de maio de 2015

Joba Tridente: Oficina de Brinquedo Que Se Faz Brincando


...para o infinito e além

Sempre gostei de ficção científica. Quando criança, sentado ao sol, ficava imaginando se nos outros planetas também tinha sábado e domingo. Quando se nasce e se mora por muito tempo no interior, pelo menos era assim no meu tempo, aprende-se admirar as estrelas, aos milhares, e a lua imensa, como não se vê nas capitais.


Morava em Osvaldo Cruz, na alta paulista. Menino, buscava no céu os aviões a jato, com seus rastos de fumaça. Adulto, morando em Brasília, saía com visionários em divertidas “caças” aos Discos Voadores (OVNIs), cerrado adentro. Uma frase que me arrepia e me ilumina, até hoje, é da série cult sci-fi Jornada nas Estrelas: “O espaço, fronteira final...”


Reciclando material diversificado, criei (em 2008) uma série de Discos Voadores que voam (rodam) desenhando graciosos movimentos no ar. Eles sobem e descem numa velocidade impressionante. Ah, descobri que são perfeitos para fazer filmes de animação e efeitos especiais. Conforme o modelo..., um desenho diferente no ar!


A confecção deles é um pouco trabalhosa e delicada, mas pode ser trabalhada em uma Oficina Cultural como a de Brinquedo Que Se Faz Brincando. Se tiver interesse na compra das peças únicas e ou na Oficina Cultural, entre em contato.


Discos Voadores: CDs, DVDs, bandejas plásticas e de isopor, papeis variados, carreteis...

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Criação e fotos de Joba Tridente - 2008

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Joba Tridente: InterAtividade de Poesia Aleatória


A Oficina de Poesia Aleatória - Reciclando a Palavra (jogada fora), que criei há 15 anos, também pode ser orientada com InterAtividade em praças, ruas, bibliotecas, exposições etc. É um exercício que faz o participante pensar no significado da palavra que tem em mãos ao construir um verso e descobrir que algumas são poéticas e outras esperam a vez de se tornarem poéticas. Uma atividade que pode ser compartilhada e ou reescrita.

o primeiro beijo
como um arco-íris
na tarde

Maria Aparecida Silva
Comboio Cultural - Curitiba-PR

Esta poesia de Maria Aparecida Silva foi criada em Curitiba, durante a InterAtividade Poesia Aleatória no itinerante Projeto Comboio Cultural (2000/2001), da SEEC-PR que rodou todo o Paraná e também esteve no Ibirapuera, em São Paulo, e no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

o primeiro arco-íris
como um beijo
na tarde

Ana Paula dos Santos
Comboio Cultural - São Pedro do Iguaçu-PR

Esta releitura de Ana Paula dos Santos sobre o poema de Maria Aparecida Silva foi criada em São Pedro do Iguaçu, durante a InterAtividade Poesia Aleatória no itinerante Projeto Comboio Cultural (2000/2001), da SEEC-PR. Veja outros exemplos na postagem Joba Tridente: Oficina Cultural de Poesia Aleatória.

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ilustração de Joba Tridente.2015

Joba Tridente: Oficina Cultural de Poesia Aleatória


Criei a Oficina Cultural de Poesia Aleatória - Reciclando a Palavra (jogada fora), há 15 anos. Já trabalhei com alfabetizandos, pós-graduandos e escritores. Ao aprender a reciclar a palavra, o oficinando cria uma poesia casual, descontraída e até mesmo distraída, reutilizando textos de publicações descartadas, através de um dinâmico e divertido exercício que busca dar um novo sentido a palavras aleatórias em textos aleatórios.

Um exercício que o fará pensar no significado da palavra que tem em mãos ao construir um verso e descobrir que algumas são poéticas e outras esperam a vez de se tornarem poéticas. Alguns exemplos aqui e na postagem Joba Tridente: InterAtividadede Poesia Aleatória.


Maria Cristina
Projeto Pró-Letramento/Colombo - UFPR, coordenação de Lucia Cherem - 2013



Quelly
Projeto Pró-Letramento/Colombo - UFPR, coordenação de Lucia Cherem - 2013



Celia Gaudeda
Projeto Pró-Letramento/Curitiba - UFPR, coordenação de Lucia Cherem - 2013



Elaine P. S. Oliveira
Projeto Pró-Letramento/Curitiba - UFPR, coordenação de Lucia Cherem - 2013



Mágila Aparecida Oliveira Lima
Projeto do BiblioSESC – Londrina/Centenário do Sul - 2013

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fotos de Joba Tridente

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Joba Tridente: Oficina HAI-KAI Sem Compromisso


Oficina Cultural HAI-KAI Sem Compromisso
de Joba Tridente

Em 2015 estou comemorando 20 anos de Oficineiro Cultural e recolocando em catálogo a Oficina Cultural HAI-KAI Sem Compromisso (Poema Curto) criada em 1996, a pedido do SESC da Esquina, de Curitiba-PR, para trabalhar com crianças. A Oficina HAI-KAI Sem Compromisso foi orientada pela primeira vez em unidade do SESC de Cascavel e depois de Francisco Beltrão. Na sequência em Curitiba e vários municípios do Paraná, através de diversos projetos culturais. Nasceu como uma Oficinatividade, ou seja, uma Oficina de Iniciação que se bastava em pouco mais de uma hora. Com o interesse crescente de jovens e adultos ela foi reelaborada e a carga horária passou para 16 h. Hoje ela é oferecida em 1 a 2 h/a, 10 a 12 h/a e 16 a 20 h/a.

Hai-Kai
sem compromisso


Orientador: Joba Tridente
Oficinandos: crianças (alfabetizadas), adolescentes e adultos
Carga Horária: 1 a 2 horas (iniciação): crianças alfabetizadas
   10 horas a 20 horas: adolescentes e adultos

NOTA: A Oficina de 1 a 2 horas (iniciação) também é aberta aos adolescentes e adultos.
            
Objetivo: Trabalhar as emoções e os sentimentos através da compreensão da poesia pura que é considerada o Hai-Kai, uma linguagem poética que surgiu no Japão entre os séculos XIII e XV e em sua forma clássica é composta de 17 sílabas, distribuídas em 3 versos de 5 sílabas, na 1ª estrofe, 7, na 2ª, 5, na 3ª.

Muitos estudiosos do Hai-Kai veem esta forma poética como um estado zen tanto do ponto de vista de quem escreve, quanto de quem esse poema curto. Pois, para as duas ações, é necessário um total relaxamento mental e espiritual para se deixar levar pela beleza e simplicidade das imagens e a deliciosa sonoridade da linguagem:


Penso: as flores caídas
retornam aos seus ramos.
Mas não! São borboletas.
Arakida Moritake (1452 ou 1472-1549)
Tradução de Olga Savary – O Livro dos Hai-Kais – Massao Ono - 1980


Caracol
Docemente, docemente,
Escala o Fuji
Issa (1763-1827)
Tradução de Olga Savary – O Livro dos Hai-Kais – Massao Ono - 1980


Um doce ruído
interrompe meu sonho:
gotas de chuva sobre a folhagem.
Bashô (1644-1694)
Tradução de Olga Savary – O Livro dos Hai-Kais – Massao Ono - 1980


O Hai-Kai estimula o poeta a associar, de forma sintética, as mais diferentes ideias e, com um delicioso choque térmico nos sentidos, faz o leitor viver inesperadas emoções. Ele trabalha com a (re)existência de cada coisa e é considerado um poema de criação puramente intuitiva e não-intelectualizada. Ao optar pelo simples e a essência da Natureza, em toda a sua plenitude, poucos são os autores que se aventuram por esta forma literária. Talvez por sua excessiva (e aparente) simplicidade.

Partindo sempre do concreto para o abstrato, o propósito maior da Oficina Hai Kai - Sem Compromisso, que é ilustrada com objetos e passeios, não é o de formar poetas profissionais e sim o de estimular os participantes a se aventurarem no mundo literário da síntese verbal e da simplicidade visual num estado de puro deleite criativo.


borboletas brancas
parecem avencas
desabrochando
Ricardo Carraro, 7 anos - Pato Branco-PR – 1998
Oficina Hai-Kai Sem Compromisso


sentado na área
um homem
ao sabor do figo
Crislaine A. Riggo, 11 anos - Pato Branco – 1998
Oficina Hai-Kai Sem Compromisso


flor
vermelha
caindo pingos de chuva
Murilo Painim Marcondes, 7 anos - Pato Branco – 1998
Oficina Hai-Kai Sem Compromisso


ao poente
CRI! CRI! CRI!
grilos no sereno
Paula Maia de Souza, 10 anos - Curitiba – 1998
Oficina Hai-Kai Sem Compromisso


gansos selvagens
grasnando branco.
filhotes nascendo!
Iris Midory Franco, 10 anos - Curitiba – 1998
Oficina Hai-Kai Sem Compromisso


NOTA: Todo o material poético produzido na Oficina poderá ser publicado numa Edição do Oficineiro ou Edição dos Autores (conforme interesse dos oficinandos) em forma de livro ou PDF, para veiculação na Internet. Já publicado 12 livros.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Lenda Africana: O Sapo e a Cobra


..., bem em 20 anos de Oficineiro Cultural sempre recebi muita manifestação de carinho dos oficinandos, fossem eles crianças ou adultos. ..., já recebi objetos decorativos, frutas e cartas como essa, que encontrei ontem, em meio a uma documentação que procurava. ..., a Oficina, creio que de Formação de Contadores de Histórias e ou Contando Histórias com Bonecos Animados. ..., a Oficinanda, infelizmente, esqueceu de assiná-la. ..., a carta me foi entregue dobrada, feito um envelope de origami inverso, se desvelando ao desdobrá-la. ..., há exatos nove anos. Eis a transcrição, reformatada graficamente.

Curitiba, 08,05,06

“Deus nos dê:
Sabedoria para descobrir o certo
Vontade para escolhê-lo e
Força para mantê-lo”

Querido amigo Joba:

Além daquela fábula dos sapos que caíram no leite, encontrei mais uma e muito legal e olhe só, reúne o meu e o seu bicho prediletos, é uma Lenda Africana intitulada:



O SAPO E A COBRA

Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
– Olá! O que você está fazendo estirada na estrada?
– Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha e você?
– Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
– Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
– Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco.
E eles subiram.
Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
– Obrigada por me ensinar a pular.
– Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar.
– Quem ensinou isso a você?
– A cobra, minha amiga.
– Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobra. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular.
– Quem ensinou isso a você?
– O sapo, meu amigo.
– Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... bom apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso.
No dia seguinte, cada um ficou em seu canto.
– Acho que não posso rastejar com você hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: “Se ele chegar perto, eu pulo e o devoro.”
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficavam sempre ao sol, pensando no único dia em que foram amigos.

            
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O livro das virtudes para crianças
Organizado por William J. Bennett. Tradução de Luiz Raul Machado.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997

domingo, 10 de maio de 2015

Joba Tridente: Oficinas Culturais 2015

Há 20 anos oriento Oficinas Culturais em todo estado do Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo, para crianças, jovens e adultos, em ruas, praças, escolas, teatros, bibliotecas, instituições de recolhimento. A carga horária é variada.

Há 15 anos apresento espetáculos de Contação de Histórias com Bonecos Animados, Objetos ou de Cara Limpa, em teatros, escolas, praças, bibliotecas, feiras literárias e de agronegócios.

SINOPSES
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POESIA ALEATÓRIA - RECICLANDO A PALAVRA - Ao aprender a reciclar a palavra, o oficinando cria uma poesia casual, descontraída e até mesmo distraída, reutilizando textos de publicações descartadas, através de um dinâmico e divertido exercício que busca dar um novo sentido a palavras aleatórias em textos aleatórios. Um exercício que o fará pensar no significado da palavra que tem em mãos ao construir um verso e descobrir que algumas são poéticas e outras esperam a vez de se tornarem poéticas. É eficiente da pré-educação à pós-graduação. Produto: livro de poemas (físico e pdf) e exposição interativa.

OUVIDO DE POESIA DE OUVIDOAtividade Lúdico-Performática para Eventos Literários e Culturais - A ideia essencial é orientar oficinandos para apresentações performáticas em eventos literários e culturais, intervenções públicas em bibliotecas, salas de aula, praças, falando, sussurrando, declamando poesias e ou textos poéticos, através de meios variados, provocando no ouvinte as mais diversas sensações. Objetivo: Formação de plateia leitora, através do resgate da poesia esquecida numa gaveta, num caderno de anotações, num livro na estante. Educar a fala e o ouvido do leitor ou ouvinte num recital descontraído. Produto: performances.
  

INTERATIVIDADE - InterAtividade é uma arte-atividade imediata, onde o espectador (criança ou adulto), conforme a sua sensibilidade e ousadia, interage com imagens variadas, cria, transforma, constrói e desconstrói uma história através de pequenas outras imagens e/ou cria textos poéticos, mensagens, protestos, com palavras. O resultado é uma arte (imagem/texto), divertida, dinâmica e original. Uma atividade lúdica, ousada, sem compromisso com normas e regras, onde o que conta é a criatividade. É a arte espontânea ao alcance de todos, amadores ou profissionais que buscam exercitar a interferência e a composição na arte e no texto. Compõem a atividade: Arte Postal e Poesia Aleatória. Produto: atividades em feiras culturais.


ARTE-POSTAL - A Arte-Postal é uma arte imediata, datada ou não, que artistas do mundo inteiro costumam fazer e trocar entre si e até mesmo expor em grandes galerias. A Arte-Postal, que nada tem a ver com o Cartão Postal, possui uma linguagem própria, às vezes namorando a ideia publicitária, a poesia visual ou concreta e, em outras, a mais expressiva comunicação visual contemporânea, que vai de capas de CDs ou livros a cartazes e grafite.


BONECOS ANIMADOS FEITOS COM MATERIAL RECICLÁVEL - O propósito é tornar útil o que parece inútil – embalagens diversas e sobras de papel, caixas de fósforos, prendedores de roupa, imãs de geladeira, tubos de papel-toalha e de papel higiênico, bandejas de isopor - em agradáveis e divertidas criações muito animadas, que podem ser usadas em sala de aula ou teatro, como ilustrações ou intérpretes de histórias para todas as idades.


BRINQUEDO QUE SE FAZ BRINCANDO - Hoje em dia fala-se muito de reciclagem, principalmente do reaproveitamento de diversas embalagens. No entanto, muita gente ainda não se deu conta da importância de Reduzir, Reutilizar e Reciclar as sobras do que consome. O lixo, para uns, não passa daquilo que está restando, sobrando em casa, e tem de ser deitado fora. O lixo, para outros, é aquilo que é deitado fora, mas que ainda pode ser reutilizado e reciclado. Ou seja, o material que a maioria joga fora pode ser lixo ou tornar-se arte. Depende de quem o joga e de quem descobre um uso para ele. Um momento para o oficinando transformar ludicamente as mais diversas embalagens de papel, plástico, isopor (bandejas base para frios de supermercado) em divertidos e encantadores brinquedos com movimentos, como: Discos Voadores, Veículos e Animais diversos, Balança e Não Cai, Bonecos, Roda Pião.


1001 REUTILIZAÇÕES DA EMBALAGEM DE PIZZA é uma Oficinatividade de Reciclagem que visa explorar a textura e a resistência da Embalagem Comercial de Pizza (industrial), no desenvolvimento e criação de Bonecos (para teatro e ou lazer), Brinquedos, Jogos, Artes Plásticas e Gráficas e, também, de Reembalagens..., transformando um material destinado ao lixo em novos produtos lúdicos, inclusive com possibilidade de gerar renda. O tempo de confecção do produto escolhido varia conforme a sua complexidade e ou habilidade do oficinando. Para conhecer alguns trabalhos feitos com Embalagem de Pizza, basta visitar o blog Lixo Que Vira Arte escrever Pizza em Pesquisar Neste Blog.


ESPETÁCULO: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM BONECOS ANIMADOS - Espetáculo híbrido com utilização de bonecos animados contando ou ilustrando histórias clássicas, folclóricas, nacionais e universais.

NOTA: As Oficinas Culturais de Joba Tridente ativam a memória visual e a coordenação motora. Estimulam a agilidade e a organização lúdico-espacial. Desenvolvem o raciocínio, a concentração e a criatividade das pessoas dispersas. Todas as Oficinas Culturais resultam em produtos: livros, brinquedos, bonecos.


  

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